17 de março de 2011

Caso Catuense x Serrano

O jornal Tribuna da Bahia está fazendo a cobertura completa sobre o prejuízo da Catuense com o problema envolvendo o Serrano e seu jogador irregular. Confira as matérias na integra abaixo.

O departamento Jurídico da Catuense continua de plantão no Rio de Janeiro aguardando que o Procurador-Geral do STJD, Paulo Schmitt, indique o procurador que vai apurar as denúncias e proceder a abertura de inquérito do recurso da Catuense contra o Serrano, que teria disputado o Campeonato Baiano da 2ª Divisão de 2010 com dois jogadores irregulares, com certidões de nascimento falsas. Enquanto isso não acontece, o clube está “engrossando” o processo com novas provas sobre a falta de fiscalização, de uma apuração severa que iniba as falsificações e que garanta a credibilidade das competições promovidas e programadas pela Federação Bahiana de Futebol.
As provas da falsificação da certidão de nascimento do jogador Uéslei servirão apenas para comprovar, junto ao Superior Tribunal de Justiça da Confederação Brasileira de Futebol, que isso virou rotina no futebol baiano, e que a impunidade, como nos casos do Fluminense de Feira de Santana, em 2007, com a adulteração da inscrição do zagueiro Rodrigo Egon Castro de Paula, que jogou irregular, para que o time de Feira não perdesse cinco pontos e fosse rebaixado para a 2ª Divisão; do Juazeiro em 2009, com o atacante Uéslei; do Vitória da Conquista em 2010, com Felipe Oliveira Araújo e Diego Vieira dos Santos, que disputaram o Baiano com certidões de nascimento falsas, todos em competições da 1ª Divisão, e do Serrano, na 2ª Divisão do ano passado, tira a credibilidade das competições, o respeito do torcedor baiano.
Em 2009, o jogador nascido no dia 20 de abril de 1983, e registrado como Uéslei de Jesus Marques, jogou pelo Juazeiro o Campeonato Baiano da 1ª Divisão, como Uecslei – acrescentou um c no primeiro nome - de Jesus Marques, nascido em 20 de abril de 1981, dois anos mais velho. Como Uéslei ele não podia jogar porque o Ministério da Fazenda apontava irregularidade no seu CPF e, consequentemente, não podia ser registrado, decidiu virar Uecslei.
Em 2009, o Juazeiro foi rebaixado para a 2ª Divisão do Campeonato Baiano, e quando o jogador Uecslei se transferiu para o Santa Cruz, a Federação Pernambucana de Futebol, de imediato, identificou a falsificação e pediu explicações ao setor de registros da FBF em Salvador. A Catuense vai usar estas provas, aqui anexas, para lutar por seriedade, respeito e o fim da impunidade no futebol baiano.


Catuense vai buscar reparação
"Não dá para botar no papel e dizer, foi “x”. Sei apenas que os prejuízos da Catuense foram e estão sendo muito altos, inclusive com a perda de garotos do time de juniores que não pudemos segurar por não disputar nem a 1ª, nem a 2ª Divisão”.

Pela declaração da empresária Maria Aparecida Pereira Pena, presidente da Catuense, a FBF terá que desembolsar muito dinheiro, se o clube ganhar a ação na justiça. Para não requerer a paralisação do Campeonato Baiano, além da garantia da participação do time na 1ª Divisão de 2012, a presidente quer todo o dinheiro que o Serrano recebeu por disputar a competição, no entender dos dirigentes, no lugar do time de Catu.


“Pelo alto tem o dinheiro da TV Bahia (R$ 150 mil), da Embasa (R$ 150 mil), da empresa NR que deu cota e material esportivo aos clubes, da promoção da “Sua Nota é um Show”, renda de bilheteria dos jogos pelo campeonato, custos de advogados, e a paralisação do time, porque a Catuense se recusou a disputar a 2ª Divisão deste ano”, completa a presidente Maria Aparecida, conhecida como “Cida”, que deixou claro, “não tem acordo”, finalizando.


A revolta da Catuense é de que não houve seriedade com relação à denúncia contra o Serrano, e que situações semelhantes são conhecidas dentro do próprio futebol baiano. Não foi apenas o Serrano, mas outro clube que disputou a 2ª Divisão do ano passado também tinha um jogador irregular, com falsificação de documento, “tenho a certidão guardada por Genivaldo, o Supervisor da Catuense”, completou a presidente.

Diretor da Federação Bahiana de Futebol disse que problema é penal

Na época em que a Catuense entrou com recurso junto a FBF contra o Serrano, representada pelo advogado Manoel Machado, o vice-presidente jurídico da entidade, Manfredo Lessa, disse que não foi provada nenhuma irregularidade no campo esportivo. Lessa disse que a FBF estava acompanhando o caso com naturalidade e explicou que se realmente ficar comprovada a falsificação, os dois acusados terão de responder a processo penal.

“Os dois jogadores já atuaram em outros times baianos e sempre apresentaram a mesma documentação. Não houve, em momento algum, a apresentação de documentos diferentes”, disse.
Na interpretação do vice-presidente jurídico da FBF, o crime no caso seria o de falsidade ideológica, não cabendo punição esportiva ao clube que eles defendiam. No entanto, no Serrano, o técnico Elias Borges era o pai de um dos envolvidos e tinha pleno conhecimento da possível falsificação, o que colocaria a equipe de Vitória da Conquista como conivente e uma das responsável e cabíveis de punição pelo TJD.


O advogado na Catuense no caso rebateu as alegações de Manfredo Lessa, reiterando que os dois jogadores possuem certidões de nascimentos distintas, defendendo a investigação para apuração dos fatos, para ficar claro se os atletas tiraram benefício da fraude. “Eles têm duas certidões. Uma delas é falsa e o código diz que é infração utilizar documentos falsos para fins desportivos”, comentou o advogado Manoel Machado.

7 de março de 2011

Elite nacional, por pouco a Catuca não esteve por lá


Se hoje a Catuense tenta retornar a 1ª Divisão baiana a 20 anos atrás o clube esteve muito próximo da Série A do Campeonato Brasileiro em uma época que a elite nacional tinha 20 clubes na disputa, ou seja, faria parte de um grupo tão seleto quanto é atualmente.

Em 1989 nada mais nada menos do que 96 clubes disputaram a Série B do Campeonato Brasileiro, a Catuense jogando em Alagoinhas passou com elegância pela Primeira Fase com 5 vitórias, 4 empates e somente uma derrota, esta derrota ocorreu na última rodada quando o clube atuou com reservas de forma desinteressada, 1º lugar a frente de Confiança-SE, Fluminense-BA, Leônico-BA, Sergipe-SE e Lagarto-SE. Na Segunda Fase passou pelo Americano-RJ vencendo em Campos por 2 a 1 e perdendo 1 a 0 em Alagoinhas, nas Oitavas-de-Final eliminou o Central-PE com vitória em casa por 1 a 0 e derrota em Caruaru por 2 a 1, nas Quartas-de-Final a vítima foi o Ceará, empate no Castelão em 1 a 1 e vitória em Alagoinhas por 1 a 0. Na Semi-Final o adversário foi o São José-SP, quem vencesse faria a final e estaria na Série A em 1990. Na primeira partida o golpe, com gol de Leandro o São José venceu em Alagoinhas, na volta a Catuense marcou com Vandick, mas Romildo empatou e garantiu o acesso do São José. Faltou um gol para garantir o acesso.

Em 1990 a Catuense novamente fez excelente campanha, na Primeira Fase repetiu a campanha do ano anterior, foram 5 vitórias, 4 empates e uma derrota, 1º lugar a frente de Operário-PR, Juventus-SP, Itaperuna-RJ, Central-PE e Americano-RJ. Na Segunda Fase novamente conquistou o 1º lugar ficando a frente de Moto Club-MA, Juventus-SP e Ceará-CE, este último já era freguês da Catuca. Na Terceira Fase apenas o primeiro colocado do grupo conseguiria o acesso para a Série A, a Catuense realizou boa campanha, mas vacilou no confronto direto com o Atlético-PR ao empatar em casa em 2 a 2 com o rival que obteve o acesso, mesmo com esse tropeço a Catuense ainda teve uma última chance de subir, mas foi derrotada pelo Criciúma no último jogo fora de casa.

O clube que revelou Bobô, Vandick, Zanata, Naldinho e Clemer não se inscreveu para a 2ª Divisão de 2011, segundo a presidente Cida Pena me informou, o motivo é o processo que a Catuense abriu contra o Serrano que hoje tramita no STJD. O clube de Vitória da Conquista escalou dois atletas com identidade falsificada, um era o filho do treinador Elias Borges.

Matéria de Daniel Dalence
clubesdabahia.blogspot.com

2 de janeiro de 2011

O blog está de volta, mas a Catuca...


Mas a Catuca não. Esse ano o time não vai disputar a segunda divisão.

Apesar de fazer uma boa campanha no ano passado, ficando entre os quatro finalistas da competição junto com Juazeiro, Camaçariense e Serrano o clube esse ano decidiu ficar de fora.

Segundo a presidente, o clube não decidiu participar da segundona pois estaria voltado esse ano para o empréstimo de jogadores para a Copa São Paulo. Em alguns sites esportivos, o motivo apontado é a polêmica em que a Catuense se envolveu na edição de 2010 em que o clube denunciou irregularidades na equipe do Serrano, mas a FBF não tomou nenhuma providencia.

Sendo por qualquer um dos dois motivos citados, a torcida não tem nada a ver e não admite que o time fique fora mais uma vez de competições profissionais. A Catuense é mais que um clube S/A é um time que conquistou admiração de vários torcedores e esses merecem respeito. Esperamos em 2012 uma Catuense em campo novamente e mais forte que em 2010.

Catuense.net